Entenda como a Rudolph ajuda o açúcar brasileiro a crescer no mercado mundial

Da Redação

Empresa fornece clarificante feito sem produtos tóxicos, que não agridem a saúde e o meio ambiente

Créditos de imagem: Arquivo Rudolph/Divulgação

O açúcar brasileiro tem plenas condições de participar ativamente do crescente mercado global de alimentos.

Esse mercado avança diante a estimativa da ONU de que a população mundial crescerá 500 milhões de pessoas em 2030,  chegando a 8,5 bilhões. Para 2050, a projeção é de que seremos 9,7 bilhões de habitantes.

A questão é de que assim como cresce a população, também aumentam as pressões para que os alimentos sejam produzidos com matérias-primas que não agridam a saúde e o meio ambiente. Ou seja, a produção precisa atender as práticas ambientais, sociais e de governança no conceito ESG (Environmental, Social and Governance, na sigla em inglês).

É aí que entra a Rudolph Research, fabricante americana de equipamentos de laboratório para análise de açúcar com forte presença no Brasil, onde distribui equipamentos analíticos para indústrias como as do setor sucroenergético.

A Rudolph é estratégica para as usinas fabricarem açúcar sem agressão ambiental e à saúde porque distribui o clarificante Octapol, produzido pela hoje controlada Baddley.

Mas o que é Octapol?

Trata-se de um reagente químico com multicomponentes empregado em várias partes da produção, incluindo análises de caldo em laboratórios, caldo da moenda, no xarope, no melaço, na massa, no açúcar cru e na torta.

A grande diferença entre este reagente e outros similares é de que concorrentes são feitos a base de chumbo e o sub-acetato de chumbo pode ser um excelente clarificante, mas é tóxico e representa risco à saúde dos técnicos que manuseiam e respiram o sub-acetato. Além disso, também é prejudicial ao meio ambiente.

“O sub-acetato de chumbo é cancerígeno e seu uso é vetado por lei”, relata Ulises Mato, diretor geral da Rudolph no Brasil.

Créditos de imagem: Executivos da Rudolph no stand na Fenasucro: Ulises Mato, diretor geral, e Murilo Tosatti

Confira mais informações sobre o Octapol em entrevista com Ulises Mato no stand da Rudolph na Fenasucro:

Por que o Octapol não agride a saúde e o meio ambiente?

Ulises Mato - Ele é feito a partir de composição de oito produtos clarificantes, nenhum deles tóxicos, daí o ‘Octa’ do nome para análise de ‘Pol’ (teor de sacarose do caldo).

Qual é a vida útil?

Ulises Mato - Nossos produtos têm durabilidade de até 5 anos e, depois de aberta a embalagem, possuem prazo de uso de 30 dias. Já os concorrentes têm prazo de 40 dias de uso depois de fabricados.

Como está a regulação do Octapol?

Ulises Mato - Já está homologado pelo Consecana para fazer as análises de cana.

E o preço diante os concorrentes?

Ulises Mato - Ele tem um preço pouco acima, só que requer uso de volume bem menor para clarificar a amostra. E, desta forma, temos um produto de qualidade superior, ao clarificar as amostras bem acima dos concorrentes. E isso é muito importante na medição da pol.

Por que?

Ulises Mato - Se você tiver um clarificante que não clarifica adequadamente a pol, a deixa com uma certa turbulência, e os resultados emitidos pelos equipamentos podem gerar grande erro. Assim, por uma questão analítica, e consequentemente financeira, pode-se prejudicar tanto a usina quanto o fornecedor de cana.

Como se dá o uso do produto?

Ulises Mato - É simples. Já existem fórmulas de correção nos manuais do Consecana para cada um dos clarificantes. Como está homologado, o Octapol também já possui uma fórmula no Consecana para pagamento de cana.

Como está a participação do Octapol no setor canavieiro?

Ulises Mato - Já está consolidado. No país praticamente não se usa mais clarificante à base de sub-acetato de chumbo, mas outros clarificantes possuem dificuldades técnicas.

Por exemplo: há os que têm tempo de filtração muito elevado e os que, mesmo depois de clarificar, deixam as amostras turvas. Em consequência, os resultados têm elevado erro. E há clarificantes que não conseguem clarificar para se fazer a leitura, isso apesar de estarem homologados.

Quais são as metas de crescimento do Octapol?

Ulises Mato - Nos próximos dois anos pretendemos ter entre 30 a 40% do mercado, até porque tecnicamente já é o produto mais reconhecido no setor sucroenergético.